O caminho certo para criar riqueza mesmo quando o ordenado parece demasiado curto.
Na vida é fundamental ter uma atitude positiva. Mais ainda quando o rendimento é curto e o objectivo é criar riqueza. É necessário abdicar de algumas coisas (que na verdade não precisas) e focar a tua energia em usar o pouco dinheiro que tens com sabedoria.
Neste artigo vamos analisar os 7 segredos para conseguir criar riqueza mesmo com o ordenado mínimo. Isto pode parecer bom demais para ser verdade, mas é mesmo possível. Com alguma matemática de primeiro ciclo e muita paciência, qualquer pessoa pode seguir o caminho lento, mas quase garantido, em direcção ao sucesso financeiro.
Vamos directos ao assunto!
1. Ter objectivos
Ser capaz de criar riqueza quando se ganha o ordenado mínimo pode parecer algo difícil de conseguir. Mas com a quantidade certa de planeamento e autocontrole é possível ter sucesso. No entanto, se não souberes para onde queres ir, qualquer direcção serve e não tens como avaliar o teu progresso.
Como em tudo na vida, precisas ter objectivos definidos – seja ganhar 1.000 euros por mês, comprar uma casa ou conseguir uma reforma antecipada antes de fazer 50 anos. Saber onde queres estar dentro de 5 ou 10 anos é um bom ponto de partida para descobrir quanto dinheiro precisas para lá chegar.
Claro que definir objectivos não é suficiente, no teu dia-a-dia deves manter o foco em como podes progredir na direcção desses objectivos. E se o teu trabalho actual não serve os teus objectivos, então talvez esteja na altura de mudar.
2. Adoptar a frugalidade
A melhor forma de criar riqueza com um ordenado mínimo é abraçar a frugalidade. Isto é o mesmo que dizer ser poupado. Na prática isso significa que deves fazer uma utilização inteligente dos recursos que tens à tua disposição.
Com um rendimento reduzido, identificar oportunidades para poupar algum dinheiro não é uma tarefa fácil. No entanto, com algum esforço e atenção, se te focares no essencial e te “destralhares” de tudo aquilo que não é essencial, isso é possível.
Aproveitar as promoções apenas para comprar produtos e serviços que realmente precisas ou vender aqueles artigos antigos de que já não precisas são só alguns exemplos. Outra boa prática é criar um orçamento das despesas do mês e procurar cumpri-lo à risca.
Poupar e levar uma vida mais frugal é um hábito que se cultiva. Sem isso, não importa se o teu rendimento é menor ou maior, irás encontrar um destino para o dinheiro e ele acabará sempre curto no final do mês.
3. Ter um orçamento
Seguir um orçamento é a chave para o equilíbrio financeiro. Dessa forma podes ver de onde vem e para onde vai o teu dinheiro, se estás a poupar ou a endividar-te.
Deves começar por listar todas as tuas despesas. Podes fazê-lo com base os teus gastos no último mês, trimestre ou ano – quanto maior o período em análise, mais completo será o resultado final.
Depois deves dividir o rendimento em três destinos ou categorias – necessidades, desejos e poupanças – e procurar distribuir todas as despesas pelas duas primeiras categorias. Isto é algo muito pessoal, o que para uns pode ser uma necessidade, para outros pode ser algo completamente não essencial.
Deves ser capaz de definir quanto dinheiro queres alocar a cada uma destas categorias e ajustar as tuas despesas para cumprir essa meta. Uma fórmula popular é a regra dos 50-30-20 que sugere que dediquemos 50% dos nossos rendimentos para necessidades, 30% para desejos e 20% para poupanças.
4. Cortar nas despesas
A grande vantagem de criar um orçamento e manter um registo de despesas é que sabes exactamente para onde vai o teu dinheiro. Desta forma fica mais fácil de identificar onde podes estar a gastar demasiado e onde podes cortar.
Deves ser capaz de identificar onde podes poupar todos os meses, não importa quão pequena essa poupança possa parecer. Se conseguires encontrar uma forma de poupar 1 euro por dia, são 30 euros no final do mês e 365 euros no final do ano.
Podes reduzir 30 a 50 euros na factura mensal do supermercado sendo mais rigoroso com os artigos não essenciais que colocas no carrinho. Outros exemplos comuns são reduzir as refeições feitas fora de casa ou cancelar subscrições de serviços que não precisas realmente.
Tudo isto requer algum rigor, mas também algum bom senso. A ideia é cortar em coisas não essenciais, a ideia não é passar privações. É perfeitamente razoável gastar algum dinheiro em algo que verdadeiramente te dá prazer e que valorizas, desde que consigas cumprir o com orçamento.
5. Eliminar dívidas com juros altos
Não é difícil cair na tentação de recorrer a crédito para conseguir comprar algo que de outra forma está fora do teu alcance. Existe toda uma indústria que se alimenta das nossas tentações, que se faz cobrar caro e com juros elevados.
A maioria da dívida é má. Alguma é necessária como o crédito à habitação, mas o crédito ao consumo deve ser evitado a 100%. Se por alguma razão acumulaste dívidas com juros elevados, deves procurar pagá-las o mais rápido possível.
De outra forma, estas dívidas tendem a acumular-se e somar juros em cima de juros. Isto pode arrasar as tuas finanças pessoais e destruir qualquer possibilidade de criação de riqueza. Se não tens dívidas com juros elevados, já estás no bom caminho, foge delas como se fossem uma praga.
6. Começar a investir
Não importa quanto dinheiro ganhas ou em que fase da vida te encontras, cultivar o hábito de investir com regularidade é indispensável. A única forma comprovada para criar riqueza é através de investimentos.
Isto aplica-se mesmo que tenhas rendimentos baixos e acabes a esticar o dinheiro no final do mês. Existe sempre um ou outro mês menos mau, umas horas extra que se recebem ou um subsídio de férias ou de Natal. Qualquer poupança que seja aplicada em investimentos já é um passo positivo.
Naturalmente que cada pessoa tem necessidades e objectivos diferentes. Há muitas maneiras de investir, mas deves procurar investimentos adequados à tua situação pessoal e ter presente que investir envolve algum risco. Nunca deves correr atrás de rendimentos elevados que envolvem um risco maior do que aquele que consegues digerir.
Se não sabes por onde começar, procura estudar um pouco sobre investimentos ou procura aconselhamento profissional. Podes descobrir como começar a investir da maneira certa aqui mesmo no blog.
7. Estimular o teu rendimento
Ficar rico recebendo o ordenado mínimo é possível, mas naturalmente leva um bom tempo. Mas ninguém disse que tens de ficar no fundo da pirâmide para sempre. Existem alguns atalhos para acelerar o processo e estimular o teu rendimento é uma delas. Podes fazê-lo procurando ganhar um ordenado maior ou acrescentando outras fontes de rendimento extra.
Conseguir um aumento ou uma promoção no trabalho são uma forma de melhorar o teu ordenado. Alternativamente, mudar de empresa ou até de profissão podem também ser opções para conseguires ganhar mais dinheiro. Tens de pensar estrategicamente onde queres chegar.
Outro caminho possível é procurar fontes de rendimento extra, tais como criar o teu próprio negócio, fazer serviços como freelancer ou arranjar um part-time. Esta pode ser também uma oportunidade para transformar um hobby ou uma paixão em algo mais, algo que não só te dá satisfação como também aumenta o teu rendimento.
Conclusão
Algumas pessoas pensam que pelo facto de ganharem pouco dinheiro nunca poderão ambicionar uma vida melhor. Que a riqueza só está ao alcance de alguns. Essa mentalidade é primeira barreira para alcançar o sucesso.
Não importa qual seja o teu trabalho ou o ordenado que recebes hoje, tu és capaz de criar riqueza. A poupança é apenas a diferença entre aquilo que ganhas e aquilo que gastas e, felizmente, é possível ajustar ambos os lados da balança.
Ao cultivar hábitos de poupança e investimento regulares, qualquer um pode seguir o caminho lento, mas (quase) garantido, em direcção ao sucesso financeiro – mesmo ganhando o ordenado mínimo. E para isso basta seguir as regras de ouro apresentadas neste artigo 😊.
Como sempre, investe de forma inteligente e desfruta da viagem!