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5 Estratégias Para Acelerar A Independência Financeira

Como atingir o FIRE em menos tempo, sem confiar na sorte ou correr riscos desnecessários.

Atingir a independência financeira em pouco tempo não é tarefa fácil (surpresa), mas é sem dúvida possível de conseguir. Existem algumas estratégias que nos permitem acelerar o processo e atingir este objectivo muito mais depressa.

O que tenho para partilhar contigo não são esquemas para enriquecer depressa e sem esforço. Podes enriquecer depressa (relativamente) ou podes enriquecer sem esforço (relativamente), mas infelizmente não podes ter os dois em simultâneo (talvez se tiveres muita sorte).

No que toca a criar riqueza e atingir a independência mais depressa, existem 5 estratégias que podes utilizar e que realmente funcionam – frugalidade (extrema), aumento salarial, rendimento extra (side hustle), emigrar para um país rico e geoarbitragem.

Ponto de partida

Alcançar a independência financeira não é algo de muito complexo, não existem truques ou segredos escondidos. Existem apenas dois passos a cumprir:

  1. Aumentar a taxa de poupança
  2. Investir a diferença

É tão simples como repetir estes passos de forma consistente e deixar o tempo fazer o seu trabalho. Mas e se não quiseres esperar muito tempo? E se quiseres avançar mais depressa?

É possível atingir a independência financeira em apenas 15 anos, 10 anos ou mesmo 5 anos, no entanto não podes enganar a matemática. Para encurtar a distância precisas de aumentar significativamente o teu rendimento e/ou aumentar significativamente a tua taxa de poupança.

Sei o que podes estar a pensar, se pudesses simplesmente aumentar o teu rendimento ou a tua poupança já o terias feito! Não podes simplesmente pedir que te paguem o dobro do salário ou poupar mais que o razoável, a vida simplesmente não funciona assim!

A boa notícia é que existem mesmo formas de lá chegar mais depressa, mas requer compromisso e força de vontade. Se fosse fácil qualquer pessoa o faria, certo?

1. Frugalidade (extrema)

A frugalidade é um conceito que muitas vezes vemos associado a independência financeira. Explicado de forma simples, trata-se de levarmos um estilo de vida humilde e viver abaixo das nossas possibilidades.

A frugalidade extrema leva este estilo de vida ao extremo. Muitos dos adeptos do movimento FIRE optam por esta estratégia e são capazes de poupar entre 50% a 70% dos seus rendimentos, que são depois canalizados para o seu portfolio de investimentos.

Isto vai muito além de cortar nos cafés que bebemos ou nas refeições que fazemos fora de casa, é preciso cortar significativamente nos custos de vida no seu todo.

Partilhar a casa com outras pessoas para dividir despesas, não ter carro próprio ou levar uma dieta alimentar onde o principal foco é o custo mínimo por refeição são apenas algumas das opções a considerar.

Desta forma não só consegues poupar muito mais dinheiro como te habituas a um estilo de vida com um custo reduzido, logo também precisas de menos dinheiro investido para ser independente. Mas será que é esse o estilo de vida que queres levar a longo prazo? Para muitos de nós a resposta provável é não.

2. Aumento salarial

Para a maioria das pessoas a principal fonte de rendimento é o seu salário. As escolhas de carreira que fazemos têm um grande impacto nas nossas finanças e por isso devemos ser conscientes nas decisões que tomamos.

Nos dias de hoje as perspectivas de carreira são melhores que nunca, com as competências certas podes mudar para um novo emprego e ser mais bem pago. Não há razão para te conformares com um emprego sem perspectivas e que não serve o teu objectivo.

Não tens as competências certas para o mercado de trabalho actual? Isso não é problema, longe vai o tempo em que precisavas de um curso superior e muitos anos de estudo para conseguir um emprego bem pago.

A maioria dos empregos ligados às novas tecnologias valorizam mais o conhecimento prático do que um canudo. E este conhecimento está disponível na internet com um custo reduzido ou mesmo de forma gratuita.

Não és fã das novas tecnologias, então fica a saber que existem outras profissões técnicas onde existe falta de mão-de-obra qualificada e que pagam muito acima da média. Só no sector do mobiliário faltam cinco mil trabalhadores e um estofador pode ganhar 2.000 € por mês.

Começa a pensar com o objectivo final em mente e procura um emprego que te ofereça uma melhor remuneração e progressão de carreira. Avalia de forma racional as tuas opções e lembra-te que estás sempre a tempo para mudar de carreira.

3. Rendimento extra (side hustle)

Se mudar de emprego ou carreira não é uma opção para ti neste momento, podes sempre procurar uma fonte de rendimento extra para somar ao teu salário actual.

O chamado side hustle pode ter inúmeras formas e feitios, desde o tradicional trabalho em part-time ao “moderno” freelancing. Ser condutor da Uber, fazer entrega de comida pela Glovo, trabalhar como freelancer na Upwork ou fazer artesanato para vender online são apenas alguns exemplos a considerar.

Estas actividades podem ser conciliadas com um emprego normal e para algumas delas nem precisas de sair de casa. Pode ser também uma excelente forma de desenvolver novas competências e abrir a porta para novas oportunidades no futuro.

Começar um side hustle (ou vários) permite-te aumentar o teu rendimento imediato, mas tem também o potencial para ser muito mais que isso. Pode ser uma forma de criares o teu próprio negócio e a longo prazo tornar-se a tua principal ocupação e fonte de rendimento.

4. Emigrar para um país rico

Emigrar em busca de melhores condições de vida não é algo novo, diria até que está no sangue dos portugueses. É por isso estamos espalhados pelos quatro cantos do mundo. Procuramos melhores salários, mais oportunidades e melhor equilíbrio entre a vida pessoal e profissional.

A verdade é que os países mais ricos precisam de mão-de-obra, oferecem melhores condições e por vezes até incentivos fiscais. Para quem está disposto a mudar-se esta é uma forma quase instantânea de conseguir um aumento de salário.

No entanto ao avaliar uma mudança para outro país o salário não deve ser o único factor a considerar. O custo de vida, impostos e benefícios adicionais oferecidos (natalidade, educação, saúde ou habitação) têm um peso significativo no rendimento disponível ao final do mês.

Para que esta mudança tenha um saldo positivo nas tuas finanças e na velocidade com que atinges a independência financeira, é fundamental que o teu rendimento aumente numa proporção maior ao novo custo de vida. Conseguir uma maior poupança é a chave para o sucesso.

5. Geoarbitragem

Sabias que podes aumentar significativamente as tuas poupanças ao ter um rendimento de uma economia forte enquanto vives (ou gastas) num país com uma economia menos forte? É aquilo a que se chama arbitragem geográfica e significa tirar partido das diferenças de rendimento e custo de vida entre diferentes locais.

Esta é uma forma quase instantânea de reduzir o teu custo de vida simplesmente por mudar para outro país. Apenas como exemplo, o custo de arrendar um apartamento (1 quarto) em Lisboa ronda os 1.400 €. O mesmo apartamento em Tirana na Albânia custa apenas 570 €, são menos 59% de despesas mensais (dados de 2024 em numbeo.com).

Mudar para um local onde o custo de vida é 50% inferior ao actual significa cortar para metade o tempo necessário para atingir a independência financeira. Assim a reforma num destino exótico fica ainda mais atractiva, certo?

Mas enganaste se pensas que é necessário esperar pela reforma para tirar partido da geoarbitragem. Com a globalização, a evolução tecnológica e o trabalho remoto em ascensão, é agora mais fácil do que nunca viver e trabalhar em países diferentes.

Para a realidade portuguesa, o trabalho remoto abre a porta a duas possibilidades distintas. Primeira, podes trabalhar remotamente para uma empresa em Portugal e viver numa economia menos forte (ex: Albânia). Segunda, podes viver em Portugal e trabalhar remotamente para uma empresa numa economia mais forte (ex: EUA).

Conclusão

Todos nós podemos atingir a independência financeira e viver a vida dos nossos sonhos mais depressa do que poderíamos imaginar. As estratégias que partilhei contigo exigem compromisso e força de vontade, mas funcionam realmente.

Eu próprio adoptei a estratégia de emigrar para um país rico (Países Baixos) de modo a conseguir alcançar os meus objectivos financeiros e de independência financeira mais depressa.

E tu, o que pensas destas estratégias? Segues ou pensas seguir alguma delas para atingir este objectivo muito mais depressa?

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