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9 Lições De Finanças Pessoais Que Podem Mudar A Tua Vida

Simples e valiosas lições sobre como lidar com o dinheiro e a vida que te vão ajudar a alcançar o sucesso financeiro.

A maioria das coisas que aprendemos ao longo da nossa vida chega da forma mais difícil. Precisamos de errar várias vezes até descobrirmos o caminho certo. É muito melhor se em alternativa pudermos aprender através dos erros e experiências de outras pessoas.

Neste artigo reuni 9 grandes lições de finanças pessoais que tu podes e deves aprender o quanto antes. Elas podem fazer toda a diferença, mudar a tua vida por completo e deixar-te muito mais perto do sucesso financeiro.

9 grandes lições de finanças pessoais

Existem muitas lições a aprender e a vida encarrega-se de nos chumbar até que sejamos capazes de o fazer. Estas são as grandes lições de finanças pessoais que tu precisas aprender:

1# Comprar para impressionar deixa-nos mais pobres

2# Verdadeiros milionários vivem de forma frugal

3# Somos as pessoas que conhecemos

4# Devemos casar por dinheiro

5# Dinheiro é rei (a.k.a. cash is king)

6# Investir é muito simples

7# Investir é aborrecido

8# Gastar dinheiro não é negativo

9# Liberdade é o melhor que o dinheiro pode comprar

Se fores capaz de dominar pelo menos algumas delas e pô-las em prática no teu dia-a-dia, estou convencido de que isso pode fazer toda a diferença.

1# Comprar para impressionar deixa-nos mais pobres

Vivemos numa sociedade consumista, em que o sucesso é medido por tudo aquilo que compramos. Uma casa maior que a do vizinho, um carro novo estacionado à porta, o último modelo do iPhone e férias num destino paradisíaco qualquer.

Queremos sempre ter mais e melhor. Sem darmos conta, entramos num círculo vicioso, sempre a correr atrás da próxima coisa. E quando o dinheiro não chega, o acesso ao crédito é simplesmente demasiado fácil para poder resistir.

“Compramos coisas de que não precisamos, com dinheiro que não temos, para impressionar pessoas de quem não gostamos.”

Gastar apenas para mostrar aos outros quanto dinheiro temos é a forma mais rápida para acabar com menos. Vale mesmo a pena arriscar a nossa saúde financeira para impressionar os outros e conseguir algum tipo de validação social?

Quanto mais cedo reconhecermos que o nosso bem-estar não depende da validação de terceiros, mais depressa nos focamos nas coisas que realmente acrescentam valor à nossa vida.

2# Verdadeiros milionários vivem de forma frugal

Os meios de comunicação e a cultura popular fazem-nos acreditar que ser rico significa levar uma vida de luxos, conduzir potentes carros e vestir roupas caras. Mas isso representa apenas uma pequena amostra da realidade.

O livro O Milionário Mora Ao Lado (The Millionaire Next Door, em inglês) apresenta os resultados de uma pesquisa sobre milhares de milionários nos Estados Unidos da América. Aquilo que demonstra é que a grande maioria dos milionários vive de forma frugal e muito abaixo das suas possibilidades.

Ainda que tenham alcançado um rendimento elevado através da sua carreira profissional ou negócio próprio, o seu estilo de vida pouco se alterou. Eles vivem em casas modestas, conduzem um carro “velho” que compraram já usado e vestem roupas também modestas.

A maioria das pessoas fica mais pobre a tentar viver como se fosse rica. Mas os ricos ficam mais ricos porque vivem de forma frugal e despretensiosa.

3# Somos as pessoas que conhecemos

Seguramente já ouviste dizes que somos a média das cinco pessoas com quem passamos mais tempo. Isso significa que quando nos rodeamos de pessoas medianas, teremos provavelmente uma vida mediana.

O nosso círculo de amizades é normalmente condicionado pelas circunstâncias em que nascemos, o bairro onde crescemos, as escolas que frequentámos e os colegas de trabalho. Raramente saímos dessa zona de conforto.

Não procuramos de forma intencional por novos relacionamentos que possam ter um impacto positivo nas nossas vidas. Simplesmente ficamos dentro da nossa zona de conforto, continuamos a conviver com as pessoas que já conhecemos e continuamos a fazer aquilo que sempre fizemos.

Mas o que acontece se as pessoas que fazem parte do nosso círculo tiverem maus hábitos em relação às suas finanças. Qual é a probabilidade de nos tornarmos bem-sucedidos financeiramente quando a realidade à nossa volta é tão diferente?

Como em tudo na vida, para conseguirmos crescer temos de sair da nossa zona de conforto. É fundamental conviver com pessoas que partilham dos hábitos e dos objectivos que temos (ou queremos adoptar).

4# Devemos casar por dinheiro

Antes de qualquer julgamento, não estou a defender que devemos procurar alguém rico com quem casar para que este pague as nossas contas. Aquilo que quero dizer é que o casamento é, provavelmente, a relação por opção mais longa e influente da nossa vida.

Numa relação de longo prazo é fundamental que os valores e objectivos de ambos estejam alinhados. Será muito difícil para um casal acumular riqueza (ou sequer coabitar em paz) quando um gasta tudo o que tem e o outro é poupado.

Não é por acaso os problemas financeiros do casal são uma das principais causas de divórcio. É muito difícil navegar quando os parceiros não remam no mesmo sentido. Mas se puxam ambos para o mesmo lado, mesmo em circunstâncias difíceis, com apoio e paciência tudo se torna mais fácil.

Na hora de escolher um parceiro para a vida, partilhar dos valores e objectivos é meio caminho para o nosso sucesso financeiro (e não só).

5# Dinheiro é rei (a.k.a. cash is king)

Robert Kiyosaki e muitos outros gurus do investimento imobiliário defendem que o dinheiro é lixo (cash is trash) e que o endividamento deve ser a ferramenta de eleição. No entanto, poucas coisas ajudam melhor a dormir descansado à noite do que ter uma boa almofada financeira.

É muito difícil ter sucesso financeiro sem construir primeiro uma base sólida e essa base sólida é o teu fundo de emergência ou, como eu prefiro chamar-lhe, o fundo de oportunidade. Esta deve ser a prioridade mesmo antes de começarmos a investir.

Uma almofada financeira irá proteger as tuas finanças de qualquer evento não planeado, tal como uma avaria no carro, uma emergência médica ou a perda de emprego. Desta forma, podes tomar decisões de investimento com foco no longo prazo pois sabes que consegues superar qualquer imprevisto que surja no curto prazo.

6# Investir é muito simples

Associar os investimentos a supercomputadores, algoritmos complexos e linguagem financeira incompreensível pode muitas vezes levar-nos a duvidar das nossas capacidades. Os receios e inseguranças podem ser suficientes para nunca darmos o primeiro passo.

No entanto, muita desta complexidade é fabricada pelas instituições financeiras para seu benefício. Existe apenas para que as pessoas comuns deixem os investimentos para os ditos profissionais e, naturalmente, paguem uma boa comissão para que estes tratem das suas poupanças.

A realidade é que investir não precisa ser complicado, não é necessário ter supercomputadores nem superpoderes para ter sucesso. Investir é na verdade muito simples e está ao alcance de qualquer pessoa.

É normal ter algum receio, eu também os tive no princípio. Mas o mais importante é começar com pequenos passos e ir ganhando confiança. Optar por um portfolio diversificado que acompanhe o mercado total e tornar o processo de investir automático. É tão simples quanto isso.

7# Investir é aborrecido

Quando se trata de investir, geralmente existem dois perfis que se destacam – os que pensam que investir é demasiado arriscado e os que procuram enriquecer da noite para o dia. Obviamente ambos estão errados e a virtude está algures no meio.

A maneira mais eficaz de investir é tradicionalmente a mais aborrecida e é assim mesmo que deve ser. No caso da bolsa de valores por exemplo, a melhor maneira de investir é através de um fundo alargado de acções tal como o S&P 500 ou um índice de acções mundial. Pode levar vários anos, talvez até décadas, mas o efeito de composição irá seguramente multiplicar o teu dinheiro.

Se queres ter sucesso a investir, então aborrecido é a escolha certa. Investe de forma consistente e inteligente, a tua paciência trará frutos a longo prazo. É fundamental separar as nossas emoções das nossas decisões de investimento.

Se queres excitação e promessas de ganhos rápidos, o melhor que tens a fazer é jogar no casino ou apostar naquela criptomoeda que promete ser a próxima Bitcoin. Existe uma elevada probabilidade de perderes todo o teu dinheiro, mas pelo menos assim vais sentir imensas emoções.

8# Gastar dinheiro não é negativo

Não devemos criar uma associação negativa de cada vez que gastamos dinheiro. Devemos ser capazes de gastar dinheiro em coisas que realmente nos dão prazer, desde que estejamos dispostos a cortar em tudo o resto. É isso mesmo que defende Ramit Sethi, autor do livro I Will Teach You To Be Rich.

O dinheiro é uma ferramenta que pode e deve ser usada para melhorar a nossa vida. Não devemos sentir vergonha ou arrependimento por comprar coisas que são importantes para nós e nos trazem grande satisfação.

Se soubermos distinguir o essencial daquilo que não valorizamos, não seremos seduzidos por tentações ou promoções vazias que desaparecem tão depressa como o dinheiro que gastámos nelas. Mas se aprendemos a cortar no superficial, devemos dar-nos ao luxo de gastar um pouco mais em nós próprios.

Esta é talvez uma das lições mais poderosas a aprender no que toca a gerir as nossas finanças – definir prioridades e saber onde cortar e onde gastar. Ser frugal e intencional na forma como gastamos o nosso dinheiro não é o mesmo que ser apenas forreta.

9# Liberdade é o melhor que o dinheiro pode comprar

Existem muitas coisas que o dinheiro pode comprar. Alguns dirão até que o dinheiro consegue comprar tudo, mas o bem mais valioso é a nossa liberdade financeira. A liberdade para fazer o que quisermos, para ser quem quisermos e viver a vida nos nossos próprios termos.

Ter liberdade financeira significa que não somos condicionados pelo dinheiro (ou pela falta dele), mas antes usamo-lo como ferramenta para viver livremente e sem condicionantes. Passamos a usar o dinheiro em vez de sermos usados por ele.

O movimento FIRE (Financial Independence, Retire Early) assenta neste princípio. Poder viver de investimentos permite-nos comprar tempo livre para fazermos o que quisermos. E o tempo é o recurso mais raro e valioso que temos.

A minha visão sobre o dinheiro mudou completamente quando descobri o conceito de liberdade financeira. Depois disso, ser 100% dono do meu tempo passou a ser um dos meus objectivos de vida. Esta é talvez a minha lição preferida.

Em resumo

O baixo nível de educação financeira é um problema sério da nossa sociedade. Não se aprende na escola e muitas vezes, por falta de conhecimento, não se aprende em casa. Resta-nos assim aprender da maneira mais difícil – aprender com os nossos próprios erros.

Neste artigo reuni grandes lições de finanças pessoais que todos devemos procurar aprender cedo e que podem verdadeiramente mudar a tua vida. Se fores capaz de aplicar pelo menos algumas delas, seguramente que ficarás mais perto de alcançar o sucesso financeiro.

Investe de forma inteligente e desfruta da viagem!

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